domingo, 23 de setembro de 2012

Apenas vivam

Chega a um ponto em que é preciso parar.
Chega a um ponto em que tudo é maior que nós e não há nada a fazer.
Não desisti... mas cansei. Cansei das pessoas, da maldade, da incompetência, da frieza, da infantilidade...cansei da ganância do dinheiro. Cansei de trabalhar e ganhar para os outros.
E esta é a verdade.
Quanto tempo mais...? Sinceramente não sei dizer. Mas não será por muito espero.
Respeito poucas pessoas, mas essas poucas são o alicerce e o motivo de eu não ter virado costas definitivamente. Depois ponho-me a pensar...andas-te a matar para os outros não cumprirem os seus horários e obrigações e acharem-se no direito de reclamar o que quer que seja?! Sim, essas pessoas que dizem que o Mundo é isto e aquilo, e que as soluções deveriam ser "X" ou "Y", essas pessoas contradizem-se sistemáticamente e são tão pobres de espírito que eu agora percebo o porquê de não usufruirem de amizades puras e verdadeiras. Porque a pureza (ou falta dela) vem da pessoa e não se estabelece relações com ninguém quando somos corroídos pelos nossos próprios defeitos.
Eu não sou perfeita, ninguém é. Mas sou responsável e humilde acima de tudo. E os meus defeitos são essencialmente desejar que as pessoas não sejam mesquinhas e façam aquilo que lhes compete, sei lá... que ali entreguem tudo de corpo e alma. Mas não o fazem, porque só pensam no dinheiro e mais nada.
Tenho aprendido muito das pessoas ali. A maior parte não vale a pena. Não existe entrega, dedicação, humildade, respeito e acima de tudo modos de falar.
Mas esqueci tudo. Esqueci tudo isso, porque cansei de tentar que tudo esteja correcto e que as pessoas trabalhem de verdade. Esqueci, porque eu tenho vida e apesar destas infantilidades provocadas voluntariamente por outrem eu estou tão feliz com a minha vida pessoal que nada me afecta. Nada mesmo.
Este ano foi uma montanha russa, e a maior vitória foi em Julho. Essas verdadeiras vitórias da vida que se prendem com as pessoas e não com as máquinas. Vitória à doença, garra à vida. É isto que me alimenta, a felicidade de quem eu amo e cada objectivo cumprido deles.
Estou triste claro com as situações que se têm passado, mas custa-me mais as pessoas. Essas que adoro e que se afundam nas mentiras e cobardias dos outros. Quanto a isso...nada posso fazer.
Eu cá estarei a viver a minha felicidade genuína com os meus, e abstraír-me das arrogâncias, más-criações e prepotências. Sou bem melhor que isso. A minha alma estará lá na mesma, a dedicação será diferente.
Vivam!

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