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Av. dos Aliados em 2005 |
Ontem, estava sentada naqueles bancos da Avenida dos Aliados mirando o nada, observando o caminhar das pessoas apenas. E fui então assolada por aquela vontade grandiosa de escrever...fui à carteira de onde retirei um mísero papel e uma caneta, e surgiu naturalmente um vasto conjunto de frases perdidas.
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Av. dos Aliados em 2011 |
O que vi no centro daquela grande cidade trouxe-me muitas conclusões a mim mesma, precisei de estar sozinha ali para analisar e entender bem estas rotinas do Mundo. O centro da cidade por muitas pessoas que tenha está vazio, a sua alma desvaneceu-se. Vi-me rodeada de pessoas mas ao mesmo tempo sozinha, e cada um deles levava também essa solidão. As pessoas ali atropelam-se para chegar a um determinado sítio, não usufruem dos passeios com a família. Estão atolhadas de preocupações na sua mente, que lhes impossibilita de serem felizes, de poderem viver confortavelmente. Já não há árvores, não há vida alguma. Tudo é cinzento, feito de pedra e cimento, tudo é escuro e sombrio... ali nada sorri. Talvez por esse motivo as pessoas me pareçam distantes, tristes e de certa forma infelizes. Fiquei triste porque nenhum deles se apercebe de que vive demasiadamente para rotinas e que ao fazê-lo também a vida morre. O coração da cidade está fraco. Não sei bem o motivo mas tudo é inerto naquele lugar.
Em vez de se atropelarem com estereótipos e com superficialidades, deveriam sorrir. Digo mesmo sorrir apenas, só isso ajuda. É o que faço, mas quero deixar bem patente que a cidade está triste e que é preciso modificá-la através de mais Natureza, não parece mas só isso dá uma outra alma, dá-lhe a vida que lhe falta.
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