Quando conheço novos casos, não entendo porque é que somos obrigados a “aguentar-nos” na dor. Não é vida viver preso a uma cama, não é vida ter de passear de cadeira de rodas com outras pessoas a empurrarem-nos, não é vida respirar por tubos vindo de um oxigénio artificial. Não é vida. Não para mim e sei que para ninguém o é.
Quero poder abraçar os meus familiares e amigos, quero poder beijá-los, quero poder divertir-me junto deles. Não quero ficar submissa a medicamentos para dores, a máquinas para conseguir (sobre)viver.
Não me digam que é um assunto complexo porque não é! Ninguém quer viver em agonia e sofrimento. Ninguém!
Custa sermos nós a acabar com a nossa vida, e é difícil para alguns familiares aceitar isso, mas somos nós que estamos a morrer aos poucos, estamos a viver sofridamente para morrermos de forma pouco digna. Porque eu quero ter tempo para me despedir de quem amo, quero ser eu a ditar o meu fim.
Não sei porque custa assim tanto legalizar algo que é realmente importante, que passa por nós como cidadãos. E anda-se a dar importância à legalização de drogas e abortos.
Que mundo oco é este em que vivo…
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